Rio Grande do Sul luta para se reerguer após perdas irreparáveis e catástrofe climática sem precedentes.
Após uma breve pausa nas chuvas torrenciais que assolaram o Rio Grande do Sul, as águas começam a recuar em alguns dos mais de 300 municípios afetados.
Este momento de recuo das águas inaugura uma fase de avaliação precoce dos danos causados por esta que é considerada a mais devastadora tragédia climática no estado e uma das piores no Brasil.
O impacto no setor agrícola é devastador, com praticamente todas as cadeias registrando prejuízos sem iguais.
A iniciativa privada, as igrejas, os sindicatos rurais, as associações de classe e incontáveis voluntários uniram esforços para socorrer vítimas humanas e animais, além de iniciar a difícil tarefa de avaliar o panorama pós-tragédia.
Embora a extensão total dos danos ainda seja desafiadora de quantificar, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) já lançou uma primeira análise das principais cadeias afetadas.
As inundações não apenas devastaram lavouras e rebanhos, mas também afetaram severamente a logística.
O centro divulgou projeções preocupantes para os setores agrícolas gaúchos mais impactados.
Arroz, o carro-chefe agrícola do estado, enfrenta uma considerável redução na produtividade devido ao atraso na colheita, já prejudicada pelas chuvas.
O abastecimento nacional deste importante cereal também está em risco, dada a interdição de estradas e dificuldades logísticas.
No caso da soja, segundo maior produto agrícola do Rio Grande do Sul, a situação não é menos grave. Com uma parcela significativa ainda por colher, as plantações estão submersas, comprometendo tanto a qualidade quanto a quantidade do produto.
O milho, que estava na reta final da colheita, também enfrenta paralisação devido às cheias.
O setor de aves, suínos e ovos relata danos em propriedades e dificuldades de abastecimento devido à interrupção das estradas e fornecimento de insumos.
Na pecuária de corte, o cenário é sombrio, com animais perdidos e dificuldades no transporte para os frigoríficos.
O mesmo drama se estende aos produtos hortifrutícolas, com destaque para a cenoura, cuja produção foi severamente impactada.
A recuperação destas áreas afetadas se avizinha como um desafio monumental, com previsão de significativa escassez e interrupção das negociações comerciais.
Enquanto isso, a sociedade gaúcha enfrenta uma das suas piores crises climáticas, com consequências que reverberarão por anos.
A Equipe Novo Agro expressa solidariedade aos produtores rurais e à população gaúcha diante das substanciais perdas de renda, patrimônio e, acima de tudo, vidas humanas.
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