Por Afonso Peche Filho
A agricultura regenerativa é um sistema de produção focado na revitalização dos agroecossistemas. Concentra esforços nas funcionalidades do solo. Tem como objetivo desenvolver modelos de manejo regenerativos a partir da opção de produção econômica feita pelo agricultor. A estratégia de manejo regenerativo busca revitalizar as diversas funções do solo como; armazenar, nutrir, alimentar, hidratar, proteger, abrigar, oxigenar, agregar, suprimir, entre outras mais complexas.
Alguns eixos propositivos são adotados na regeneração do solo, como aumento da biodiversidade, sequestro e armazenamentos de carbono, melhoria do ciclo da água, no aprimoramento dos serviços ambientais, no aumento da resiliência às mudanças climáticas e no fortalecimento da saúde e vitalidade do solo agrícola.
O objetivo é melhorar e conservar a capacidade produtiva das terras através de uma variedade de práticas em combinação, como por exemplo: manutenção da máxima cobertura verde, cobertura morta, uso de rotação tripla, adição de materiais compostados e reciclagem da maior quantidade possível de resíduos agrícolas.
Com a revitalização, cessa o processo erosivo, a saúde do solo melhora progressivamente, abrigando menos pragas e patógenos, reduzindo a dependência de insumos tecnológicos, e o uso tende diminuir, aumentando a renda.
O esquema abaixo apresenta algumas das múltiplas funções do solo revitalizado.
Afonso Peche Filho é pesquisador científico nível VI. Engenheiro Agrônomo, Mestre em Engenharia de Água e Solo pela UNICAMP. Doutor em Ciências Ambientais pela UNESP. Tem experiência em Engenharia de Biossistemas, com ênfase em Mecanização Agrícola Conservacionista e Gestão Ambiental de Bacias Hidrográficas. Atualmente trabalha no Centro de Engenharia e Automação do IAC.
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