Em uma decisão marcada pela divisão partidária, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, sob liderança republicana, aprovou nesta quinta-feira (16) o Israel Security Assistance Support Act, um projeto de lei que exige que o Presidente Joe Biden forneça armamentos para Israel.
A medida, que passou com 224 votos a favor e 187 contra, é uma clara crítica à hesitação do governo democrata em enviar bombas, enquanto Biden pressiona Israel a proteger civis na guerra contra o Hamas.
A aprovação reflete um profundo racha político num ano eleitoral, destacando a polarização em torno da política externa dos EUA em relação a Israel.
O ato foi endossado por 16 democratas que se uniram à maioria republicana, enquanto três republicanos votaram com os democratas na rejeição da medida.
Apesar da aprovação na Câmara, o projeto enfrenta um futuro incerto no Senado e dificilmente se tornará lei.
A situação em Israel permanece tensa:
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu intensifica os esforços militares para derrotar militantes do Hamas, responsáveis por um ataque devastador em 7 de outubro que resultou na morte de aproximadamente 1.200 israelenses e na captura de 253 reféns.
Em contraste, "autoridades palestinas" relatam a morte de pelo menos 35.272 civis na Faixa de Gaza devido aos bombardeios israelenses.
A crise humanitária se agrava, com a maioria da população desabrigada e infraestrutura devastada.
Os republicanos acusam Biden de abandonar Israel, alegando que sua decisão é influenciada por protestos pró-Palestina e por considerações políticas internas.
“Essa é uma decisão catastrófica, com implicações globais. Está sendo tomada, claro, com um cálculo político, e não podemos deixar isso acontecer.” declarou Mike Johnson, presidente da Câmara.
Do lado democrata, há fortes críticas à iniciativa republicana, vista como uma tentativa de politizar a questão.
Hakeem Jeffries, líder da bancada democrata, afirmou: “Não é um esforço legislativo sério, e é por isso que alguns dos membros mais ativos da bancada democrata pró-Israel vão votar ‘não’”.
A aprovação do "Israel Security Assistance Support Act" na Câmara é um sinal claro das complexidades e das divisões internas dos Estados Unidos em torno de suas políticas no Oriente Médio, especialmente em um contexto eleitoral tão polarizado.
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